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Título: O SÚBITO VENTO
(Edição bilíngue Português / Japonês)

Autor: José Eduardo Degrazia
Traduções e caligrafias: Shogoro Nomura

ISBN: 978-65-88865-10-1

Formato: 14 x 21
Páginas: 64
Gênero: Poesia, haicais
Publicação: Class, 2020

O presente livro não é apenas um livro de poesia, nem apenas um livro de ilustrações, nem um livro de poesia traduzida, nem uma mera combinação dessas três coisas: trata-se de uma obra gloriosamente híbrida, em que a imagem gera o texto, que dialoga com a tradução, que se reflete na pintura que, por sua vez, aciona a tradicional arte da caligrafia, num madrigal de ideias, sonoridades e ritmos visuais em que as diferentes formas de expressão enriquecem e amplificam umas às outras.

O poeta brasileiro José Eduardo Degrazia entabula uma fértil conversa com duas tradições: a poesia japonesa e a presença da poesia japonesa no contexto brasileiro. Afinal, o haicai, neste ponto do tempo e do espaço — o Brasil do século XXI —, já pode ser tido como parte de nossa tradição literária. A palavra consta do dicionário e a relação que nossos modernistas e concretistas estabeleceram com a estética japonesa é bem conhecida e documentada. Muitos são os poetas brasileiros que adotaram o haicai como instrumento de pesquisa estética, gerando resultados bastante variados. A concepção de Degrazia neste livro é, à primeira vista, ortodoxa: a métrica foi observada, assim como as alusões às estações. Mas há também invenção e novidade: uma sutil sensualidade nas imagens, algum vocabulário simbolista, assim como observações da vida contemporânea. É esse universo de estruturas delicadas que o ilustrador/tradutor Shogoro Nomura reflete em seus ideogramas que são, a um tempo, texto e pintura.

Este é um livro cujas imagens podem ser lidas e cujos textos evocam visualidades.

Andrei Cunha
 

José Eduardo Degrazia nasceu em 1951 em Porto Alegre. É médico, poeta e tradutor. Publicou os livros de poemas Lavra permanente (1975), Cidade submersa (1979), A urna guarani (2004), Corpo do Brasil (2011), A flor fugaz (2011) e Lições de Geometria Fantástica (2016), dentre outros. Escreveu os livros de contos O atleta recordista (1996), A orelha do bugre (1998), A terra sem males (2000) e Os leões selvagens de Tanganica (2002), bem como as narrativas longas O reino de Macambira (2005) e A fabulosa viagem do mel de Lechiguana (2008). Traduziu livros de Pablo Neruda — dentre eles, Cantos cerimoniais (1978), Crepusculário (2004), Terceira residência (2004), Jardim de Inverno (2005) e Memorial de Isla Negra (2007), além de outros poetas latino-americanos e italianos. Em 2012, recebeu o Prêmio de Prosa da Academia Mahi Eminescu, na Romênia e, em 2013, o Prêmio Internacional de Poesia de Trieste. Ocupa a cadeira número 1 da Academia Riograndense de Letras.

Shogoro Nomura nasceu em 1966 em Ôsaka. Aos doze anos de idade, entrou para a vida religiosa. No contexto de sua formação budista, teve contato aprofundado com as artes tradicionais japonesas. Abandonou a vida monástica aos dezoito anos, dedicando-se então à arte cerâmica. Entre os dezenove e os vinte e dois, viveu em Florença, na Itália, cuja cultura de valorização das artes causou-lhe viva impressão. Em 2011, realizou mostra individual em sua galeria em Florença. Em 2012, recebeu o Prêmio Mihai Eminescu de Artes Plásticas. Atua como mentor e produtor de inúmeros artistas, tanto na Itália como no Japão.