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Título: POEMAS das trilhas e da escola de BASHÔ
Autor: Roberto Schmitt-Prym

ISBN: 978-65-84571-17-4

Formato: 14 x 21
Páginas: 130
Gênero: Poesia japonesa
Publicação: Bestiário / Class, 2022

A fama de Bashô, que se estendeu a partir de sua poesia, o consagrou também como professor, Bashô dá aulas por correspondência. É justamente o fato de ficar preso em casa, dando aulas que lhe deixa insatisfeito, começam, nesse período as suas viagens. Durante esse tempo, sus alunos começam a construir uma casa em melhores condições para o mestre. As viagens em prendidas pelo poeta, são a partir de 1684, registradas em seus diários. Bashô volta a Ueno, local de nascimento; estende-se ao monte Fuji, santuário de Ise, Nagoya (onde tinha seguidores) e vai até Nara, Ôgaki e Quioto. São essas viagens que lhe permitem apanhar materias para a escrita poética. Seus diários estão repletos de comentários e haicais que foram escritos durante o percurso. Além das poesias que complementavam os escritos, Bashô escreve também a prosa de forma poética e mais elaborada, para diferenciar da forma banal e corriqueira dos diários. Nesses textos são trabalhados os haicais, na sua evolução e independência do renga. Nos anos seguintes isola-se do convívio social e passa a ensinar haicai em casa. Nesse tempo são muitos os seus seguidores e discípulos.
Outras viagens surgem, como a visita ao mestre Buttchô, acompanhado do discípulo Sora e do monge Sohâ. Volta também ao percurso da primeira viagem, e cansado da fama que em cada local lhe aguardava com recepções resolve viajar para lugares desconhecidos e selvagens: veste-se de monge e em companhis de Dora, parte para a sua mais conhecida e importante viagem. Joaquim M. Palmacomenta que “Partir em viagem era para Matsuo uma incomparável oprtunidade para poder experimentar momentos de grande plemitude e descoberta, tanto no que dizia respeito à contemplação da beleza ou fealdade dos homens e das coisas terrenas, como ao encontro com o seu eu interior.” (2016, p.27). As viagens permitiam a Bashô a observação da natureza e das paisagens e tantas outras vezes das comunidades, das famílias, das festividades e da vida em sociedade. Rituais e costumes, cores, cheiros, comidas que eram preparadas para datas especiais, sentimentos de expectativa, felicidade ou apenas resignação estendiam-se à sua percepção em cada trajeto, percurso, estrada que se apresentava em suas viagens.

Sobre o autor:
ROBERTO SCHMITT-PRYM nasceu em 1956, em Panambi, RS. Foi destaque no Prêmio Apesul Revelação Literária 1979 e no Prêmio Habitasul Correio do Povo Revelação Literária 1981. Estudou com Charles Kiefer e com Luiz Antonio de Assis Brasil. Participou das antologias Contos de oficina 35, brevissimos! e 101 que contam. Publicou a tradução da obra Giacomo Joyce, de James Joyce; Todos os haicais, de Ryokan Taigu, e é autor de Contos vertiginosos (2012), sombra silêncio (2018), lugar algum (2020), entre outros. Sobre a sua obra foi publicado, por Eduardo Jablonski, o livro O belo na obra de Roberto Schmitt-Prym (2020). Como fotógrafo, realizou sua primeira exposição individual no Museu de Arte do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, em 1990. Desde então, realizou mais de vinte exposições individuais em museus e instituições no Brasil e no exterior, exposições coletivas e recebeu uma dezena de prêmios em diversos países. Entre outras atuações, destacam-se os cargos de diretor da Associação Rio-grandense de Artes Plásticas Chico Lisboa, diretor da Bienal do Mer-cosul, conselheiro da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre e diretor do Museu Julio de Castilhos.