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Título: LEITURAS EM CONSTELAÇÃO
literatura traduzida e história literária
Autora:
Karina de Castilhos Lucena

ISBN 978-65-991765-3-1

Formato: 14 x 21 cm.
Páginas: 188
Gênero: Ensaios sobre literatura
Publicação: Class, 2020

Leituras em constelação: literatura traduzida e história literária, de Karina de Castilhos Lucena, é um livro inteligente, que mostra disciplina e imaginação. Karina consegue juntar assuntos, obras, escritores, teóricos e críticos diversos em torno de questões amadurecidas ao longo dos anos de aprendizagem e pesquisa na universidade. É um livro exemplar, que reúne reflexões e análises dos últimos cinco anos. Como o título sugere, o volume contém explorações teórico-críticas sobre literatura e tradução. As três partes acolhem textos abordando temas e aspectos específicos desse binômio.

Na primeira parte, “Tradução e Tradição”, destaca-se o ensaio “Antonio Candido, Roberto Schwarz e Haroldo de Campos: leituras em constelação”, em que Karina detecta uma “filiação benjaminiana dos três brasileiros” e, a partir dessa hipótese, vislumbra um chão comum entre Candido e Haroldo. De modo parecido, em “A tradução como potência para a tradição literária”, a autora aproxima os dissímiles Itamar Even-Zohar, Franco Moretti e Ricardo Piglia por acreditar que eles compartilham a noção “da literatura traduzida como potência formadora de tradições literárias locais”.

A segunda parte, “Brasileiros Traduzidos”, contém dois ensaios sobre a presença da literatura brasileira no exterior. “Escritores gaúchos traduzidos: levantamento e comentário” recenseia de forma crítica, e com a ajuda de gráficos ilustrativos, as traduções de alguns dos principais autores sul-riograndenses para uma variedade de línguas. Em “Machado de Assis, tradução e recepção hispano-americana”, Karina descreve a multifacetada recepção da literatura machadiana nos países hispânicos, retraçando sua rica história através de diferentes projetos, tradutores e críticos.

A terceira parte, “Literatura hispano-americana e literatura brasileira: paralelos”, reúne vários estudos de caso examinando a relação entre os sistemas literários hispano-americano e brasileiro. Em “Julio Cortázar e Clarice Lispector: pontos de junção e disjunção”, Karina procede a uma comparação cuidadosa entre os dois escritores, revelando um conhecimento preciso e uma interpretação pessoal de suas obras. Depois de textos tratando, respectivamente, dos chilenos Ariel Dorfman e Diamela Eltit e do brasileiro (filho de pais argentinos) Julián Fuks, o livro culmina com “A obra-prima de uma tradutora: o Popol Vuh de Josely Vianna Baptista”, em que a poeta que traduziu, entre outros, José Lezama Lima e Juan Carlos Onetti, é exaltada como tradutora-autora do grande livro maia-quiché.

Walter Carlos Costa

SUMÁRIO

TRADUÇÃO E TRADIÇÃO
História, História da literatura, História da tradução: a tarefa-renúncia |
Antonio Candido, Roberto Schwarz e Haroldo de Campos: leituras em constelação |
A tradução como potência para a tradição literária |
A obra-prima de uma tradutora: o Popol Vuh de Josely Vianna Baptista |
O sistema em outro lugar: Antonio Candido, Ángel Rama, Juan Carlos Onetti e o limite nacional |
Ainda a comarca do pampa |

BRASILEIROS TRADUZIDOS
Escritores gaúchos traduzidos: levantamento e comentário |
Machado de Assis, tradução e recepção hispano-americana |

LITERATURA HISPANO-AMERICANA
E LITERATURA BRASILEIRA: PARALELOS
Julio Cortázar e Clarice Lispector: pontos de junção e disjunção |
Literatura chilena e redemocratização: anotações sobre A morte e a donzela, de Ariel Dorfman, e Jamais o fogo nunca, de Diamela Eltit |
A resistência, de Julián Fuks, um romance com dupla cidadania |
Ocupar e Resistir segundo Julián Fuks |