
R$ 36,00
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Título:
LEITURAS EM CONSTELAÇÃO
literatura traduzida e história literária
Autora:
Karina de Castilhos Lucena
ISBN 978-65-991765-3-1
Formato: 14 x 21 cm.
Páginas: 188 Gênero: Ensaios sobre literatura
Publicação: Class, 2020
Leituras em
constelação: literatura traduzida e história literária,
de Karina de Castilhos Lucena, é um livro inteligente, que
mostra disciplina e imaginação. Karina consegue juntar
assuntos, obras, escritores, teóricos e críticos diversos em
torno de questões amadurecidas ao longo dos anos de
aprendizagem e pesquisa na universidade. É um livro
exemplar, que reúne reflexões e análises dos últimos cinco
anos. Como o título sugere, o volume contém explorações
teórico-críticas sobre literatura e tradução. As três partes
acolhem textos abordando temas e aspectos específicos desse
binômio.
Na primeira parte, “Tradução e
Tradição”, destaca-se o ensaio “Antonio Candido, Roberto
Schwarz e Haroldo de Campos: leituras em constelação”, em
que Karina detecta uma “filiação benjaminiana dos três
brasileiros” e, a partir dessa hipótese, vislumbra um chão
comum entre Candido e Haroldo. De modo parecido, em “A
tradução como potência para a tradição literária”, a autora
aproxima os dissímiles Itamar Even-Zohar, Franco Moretti e
Ricardo Piglia por acreditar que eles compartilham a noção
“da literatura traduzida como potência formadora de
tradições literárias locais”.
A segunda parte, “Brasileiros
Traduzidos”, contém dois ensaios sobre a presença da
literatura brasileira no exterior. “Escritores gaúchos
traduzidos: levantamento e comentário” recenseia de forma
crítica, e com a ajuda de gráficos ilustrativos, as
traduções de alguns dos principais autores sul-riograndenses
para uma variedade de línguas. Em “Machado de Assis,
tradução e recepção hispano-americana”, Karina descreve a
multifacetada recepção da literatura machadiana nos países
hispânicos, retraçando sua rica história através de
diferentes projetos, tradutores e críticos.
A terceira parte, “Literatura
hispano-americana e literatura brasileira: paralelos”, reúne
vários estudos de caso examinando a relação entre os
sistemas literários hispano-americano e brasileiro. Em
“Julio Cortázar e Clarice Lispector: pontos de junção e
disjunção”, Karina procede a uma comparação cuidadosa entre
os dois escritores, revelando um conhecimento preciso e uma
interpretação pessoal de suas obras. Depois de textos
tratando, respectivamente, dos chilenos Ariel Dorfman e
Diamela Eltit e do brasileiro (filho de pais argentinos)
Julián Fuks, o livro culmina com “A obra-prima de uma
tradutora: o Popol Vuh de Josely Vianna Baptista”, em
que a poeta que traduziu, entre outros, José Lezama Lima e
Juan Carlos Onetti, é exaltada como tradutora-autora do
grande livro maia-quiché.
Walter Carlos Costa
SUMÁRIO
TRADUÇÃO E TRADIÇÃO
História, História da literatura, História da tradução:
a tarefa-renúncia |
Antonio Candido, Roberto Schwarz e Haroldo de Campos:
leituras em constelação |
A tradução como potência para a tradição literária |
A obra-prima de uma tradutora: o Popol Vuh de Josely Vianna
Baptista |
O sistema em outro lugar: Antonio Candido, Ángel Rama, Juan
Carlos Onetti e o limite nacional |
Ainda a comarca do pampa |
BRASILEIROS TRADUZIDOS
Escritores gaúchos traduzidos: levantamento e comentário
|
Machado de Assis, tradução e recepção hispano-americana |
LITERATURA HISPANO-AMERICANA
E LITERATURA BRASILEIRA: PARALELOS
Julio Cortázar e Clarice Lispector: pontos de junção e
disjunção |
Literatura chilena e redemocratização: anotações sobre A
morte e a donzela, de Ariel Dorfman, e Jamais o fogo nunca,
de Diamela Eltit |
A resistência, de Julián Fuks, um romance com dupla
cidadania |
Ocupar e Resistir segundo Julián Fuks |
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