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Título:
VELHOS E NOVOS MUNDOS
Ángel Rama em seu Diario (1974-1983) Autor:
Pedro Demenech
ISBN 978-85-94187-22-2
Dimensões: 14 x 21 cm Páginas: 292 Gênero: Ensaio Publicação: Class, 2018
Entrevista com o autor
Uruguay 1050 AM Montevieo
EL TUNGUE LÉ
Ángel Rama en ojos brasileños
Con el investigador brasileño Pedro Demenech
Este livro contém uma análise
minuciosa e detalhada sobre o período que
Ángel Rama viveu exilado,
tornando-se. Circunscrito no âmbito da história intelectual,
Pedro Demenech optou pela análise da subjetividade elaborada
por Rama num diário que começou a ser escrito em 1974,
quando ele tinha pouco menos de cinquenta anos. Nesse texto,
muitas vezes, Rama se expressa de modo descontinuo,
expressão essa que, por ter sido produzida na intimidade,
gera estranhamento para quem acostumou-se com aquele Rama
mais heroico e empenhado na construção e divulgação da
cultura latino-americana.
Depois de 1973, após o golpe
de Estado no Uruguai, Rama jamais retornou à sua terra
natal. Além disso, tendo a renovação do seu passaporte
negada pelo governo uruguaio, é como se ele perdesse
legalmente a cidadania. Devido a esses fatores, o Diario
escrito por Rama é também uma tentativa de construir uma
continuidade em meio a tantos traumas.
Extraindo desse texto
elementos para pensar a trajetória de Rama, Pedro Demenech
discute como que ele, ao perder a conexão política com sua
pátria natal, encontra no conceito de América Latina uma
possibilidade para reconstruir e ressignificar uma história
que é tão pessoal como pública, pois o exílio foi a condição
compartilhada por muitos intelectuais naqueles anos.
Embora seja uma condição
triste, para Rama, o exílio também foi o momento mais
produtivo de sua carreira. Na Venezuela, primeiro país em
que se estabeleceu, ele deu aulas, escreveu para jornais e,
em 1974, ao lado de José Ramon Medina, idealizou a
Biblioteca Ayacucho, instituição inicialmente ligada à
presidência da Venezuela e dedicada à publicação de obras
sobre a cultura e o pensamento da América Latina.
Lendo o Diario, Pedro
Demenech expõe também a experiência de Rama fora da América
Latina. Mostra como ele, por um lado, desejou sair do
continente para obter uma vida mais estável, mas, por outro,
por exemplo, estranhou profundamente os ambientes
universitário e intelectual dos Estados Unidos onde as
pessoas pareciam desconectadas do mundo ao redor porque
encerravam-se em ghettos
especializados.
Por fim, este trabalho é bem
documentado e teoricamente desenvolvido. Com certeza,
resulta numa importante contribuição para o estudo da
história intelectual e dos intelectuais da América Latina.
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