Dimensões: 15 x 21 cm
Páginas: 102
Gênero: Poesia
Publicação:
Artes & Ecos, 2017
Lucas Krüger não é um
estreante e comete, agora, uma nova ousadia. Se no
primeiro livro (O Sonho da Vírgula, Artes & Ecos, 2015),
ousou inventar – na imagem, na métrica, nos recursos da
linguagem poética e até mesmo nas palavras – o poeta
ainda se reinventa, não desiste de inaugurar nem de
encontrar-se.
Lucas encarna o artista como um lutador da linguagem, o
sujeito não submisso a vida e disposto permanentemente
em reinventá-la a partir de sua única e própria pessoa,
de sua própria palavra, nem que para isso precise,
depois de comê-las antropofagicamente, dispensar as
normas como num despedaçamento à La Picasso.
Assim vem fazendo desde O Sonho da Vírgula. Assim faz em
Homenagem à Nuvem com a suficiente coragem de destruir
para construir. E reconstruir como em toda vida quando
há alguma arte.
Celso Gutfreind
"Me dou conta de onde eu me encontrava:/Estive sempre
dentro da fábrica da palavra." Esse trecho encerra um
dos poemas de Lucas Krüger. Aponta para o que é
fundamental do fazer do poeta. Ou seja, que a poesia não
é possível sem o trabalho, fabril, com a palavra. O
poeta não espera sentado a poesia cair na sua cabeça, ou
no teclado do seu computador, ele trabalha, constrói,
bota a mão na massa da linguagem. E é remexendo no
concreto de letras e sons que Lucas consegue homenagear
algo evanescente e fugaz como uma nuvem.